Ao meu redor várias pessoas, todas sorriem, encantam, me alegram, me tiram da rotina. Fazem com que o meu dia-a-dia nao caia na mesmisse. Mas não sinto nenhuma delas, não sinto o amor que eu tanto preciso pra viver. Minha mãe costuma dizer que quando eu nasci ela percebeu logo de cara que eu seria carente, mas eu não me acho carente. Sou sim dependente. Já meu pai sempre me diz que sou audacioso demais. São adjetivos tão diferentes um do outro que eu páro pra pensar, sera que eu me mostro como realmente sou, ou são eles que nao me enxergam além do corpo?
Estou com vontade do mundo, de respirar o universo, de ver coisas novas, inesperadas, que coisas incríveis aconteçam comigo. Anda tudo tão monótono, sem ação, sem drama. Grande culpa disso tenho eu, as coisas realmente nao acontecem do nada; ficar esperando que uma jaca caia no meu colo sem os caroços e ja lavada é querer demais. Tenho que subir no pé, tirar a jaca, joga ela lá de cima com cuidado pra que nao abra ao cair, descer, aí sim, desfrutar do doce. Foi fácil imaginar, vamos ver por em pratica.